segunda-feira, 4 de outubro de 2010

IMPRESNCINDÍVEL OU IMPORTANTE?

A pergunta elaborada se refere à discussão sobre a necessidade de estudantes de psicologia fazerem ou não psicoterapia ou análise. 

Questão bastante discutida entre alunos, professores e profissionais da área de saúde mental, essa vem a ser uma polêmica que pode ser dirimida com a avaliação de cada um sobre as suas demandas psicológicas e pessoais. 

Por possuirmos pontos fortes e pontos fracos como seres humanos, ou virtudes e precariedades como prefiro, em muitos momentos a maioria de nós não reconhecemos as nossas precariedades e não tentamos corrigi-las, ou canalizá-las de forma produtiva para nós ou para os outros. 

É de suma importância para as pessoas- de forma geral, e os estudantes de psicologia, usarem a sua capacidade de pensar de forma que percebam as suas precariedades, avaliando assim a necessidade de intervenção de um profissional. 

Acredito ser imprescindível para esses futuros profissionais (psicólogos) se permitirem, em algum momento do desenvolvimento da graduação, entrar ou pelo menos tentar entrar em processo terapêutico ou analítico, tanto para buscarem se enxergar como profissionais atuantes num futuro breve, como para buscarem compreender as suas questões (se é que elas existem para alguns), assim como, ajudar no processo de desprovimento de uma possível prepotência como profissional. Afinal, parafraseando o imortal Carl G. Jung, “Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. 

Por isso, o exercício da auto-análise é nobre porque desenvolve a humildade, o reconhecimento dos próprios erros ou defeitos, a simplicidade para assumir o que pode ser melhorado. A prática da auto-análise tende a levar o indivíduo à evolução. Dessa forma, quando nos analisamos ou somos analisandos dentro de um setting terapêutico ou analítico, a tendência é ficarmos mais conscientes dos novos caminhos a seguir. No entanto, acredito ser algo bastante pessoal essa escolha de procurar um profissional, pois diversos pacientes nunca entram de fato em análise. 


Leonardo Santos

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